Promotor
ACERT - Associação Cultural e Recreativa de Tondela
Sinopse
Trigo Limpo teatro ACERT
“Não é por acaso que, sempre que se tenta descrever o mundo, há um bosque.
Um dia, há muito tempo, havia um bosque. Aí e nele viviam pessoas, aí e nele, havia vida, tão sua e própria, que nenhum outro lugar a poderia conceber. “
Neste bosque contam-se histórias pequenas de grandes implicações. Percorremos as ruas e lugares que constituem a memória comum do coração das vilas e cidades mais antigas. Deixamo-nos habitar pelas histórias e personagens peculiares que, citando o texto do espetáculo, são exemplo para a totalidade da existência.
Ficha Artística
Dramaturgia e encenação: Ilda Teixeira
A partir do texto de: Rui Macário Ribeiro
Assistência de encenação: Paulo Neto
Música: Ricardo Augusto
Interpretação: Pedro Sousa, Ricardo Augusto e Sandra Santos
Cenografia: Adriana Ventura, Pompeu José e Zetavares
Figurinos: Adriana Ventura
Adereços: Cláudia Barato
Desenho de Luz: Paulo Neto
Sonoplastia: Ricardo Leão e Luís Viegas
Confecção e execução da cenografia: Adriana Ventura, Cláudia Barato, Isabel Conceição e Tondeltorno, Lda.
Investigação: Rui Macário Ribeiro e Ilda Teixeira
Vozes off:
as crianças: Serafim Sousa, Salomé Sousa, Simone Coutinho
as mães: Conceição Sousa, Hortense Costa e Balsamina Colácio
Fotografia: Daniel Nunes
Comunicação: Daniel Nunes, Liliana Rodrigues e Zetavares
Produção: Marta Costa
Agradecimentos: Carlos Lima, Francisco Coutinho, José Rui Martins, João Paulo Fonseca, Sr. José (Zézito) da loja Serginho Tamanqueiro, Sr. José Manuel Mendes da Mercearia Torres e a todas as pessoas que, sem hora nem local marcado, nos foram contando, generosamente, as suas histórias e memórias.
Também a Adília Ventura, Nelson Cunha, Rui Manaia, Sónia Fernandes, Zé Abrantes e Tecidos Coimbra, Foto Raf, Câmara Municipal de Tondela e Arquivo Municipal de Tondela.
Informações Adicionais
Sobre o projecto
Iniciámos este projecto calcorreando as ruas e lugares do núcleo mais antigo de Tondela à procura de uma memória viva, ainda bem presente nas calçadas, nas casas que estão agora desabitadas, nas ruínas ocupadas pela vegetação, nos espaços culturais que foram uma grande referência física e humana. Ouvimos as histórias contadas pela voz dos seus habitantes, do passado ao presente e sentimos que estas histórias e estas memórias transbordam para uma memória de um passado comum, mais universal, onde a vida das pessoas e das cidades funcionavam numa relação próxima de interdependência, tal como acontece com a vida nos bosques.
Da pesquisa ao texto
Se uma pessoa – qualquer uma – é potencialmente semente de longe e raiz que se ancora em terra firme, uma ideia de criação a partir de pessoas e sobre elas, sobre uma comunidade, mas apta a múltiplas outras, teria de incidir sobre analogias. Pessoas como árvores de troncos e ramos, estrutura e descendência. Bosque como o conjunto das espécies arbóreas em proximidade.
Os processos de não querer História, antes histórias pessoais, vívidas, vivenciáveis e plenamente partilháveis, foi o operador inicial. Partilhar caminhos e percursos, lembranças e memórias – com suas lacunas e particularidades, como quaisquer outras histórias. Daí mapear e construir um registo que se tornou um texto base, voltado para a imagem e a perceção, para o sentir.
Tornou-se uma imagem – talvez – de como somos crianças, quando adultos. Pelo simples facto de não sabermos ou conseguirmos escapar à circunstância de se conhecer o Mundo pela primeira vez. De o gerar entre compromissos e aventuras. De olharmos para as coisas como pessoas e para as pessoas como entidades outras. Construímos heróis e vilões, na imagem mental que deles transportamos. Para sempre, afinal.
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